Sr. João, devo, primeiramente, dizer-lhe que de todos os textos que tenho lido da sua autoria, este é o primeiro que me parece ter sido escrito por toda a gente menos por si. E porquê? Porque me espanta que não consiga separar o que é um abuso do que é uma praxe. Os acontecimentos do Meco, bem como muitos outros acontecimentos que ocorreram em altura de praxes e foram noticiados não são praxe. São CRIME. Praxe e crime são duas coisas totalmente diferentes. Neste sentido, o importante não é acabar com as praxes, o importante é acabar com os crimes. Dizer que praxar é ir contra a integridade das outras pessoas ou que as humilha é um erro, porque quando isso acontece, não é praxe. O importante seria pois legislar de modo a evitar que esses abusos não acontecessem, o importante seria a educação começar a partir de casa, a partir dos jovens, seria incutir em todos nós que o respeito é fundamental. Porque o problema da falta de respeito e dos abusos não é com toda a certeza responsabilidade das praxes, porque estas, quando realmente são praxes, transmitem tudo, menos falta de educação e respeito. Para terminar, tenho muita pena que o Sr. João afirme com tanta convicção que um universitário que abrace a praxe seja irresponsável mas concordo inteiramente consigo quando diz que "nenhum jovem bem formado aceita participar na humilhação organizada de alguém que é mais fraco do que ele." , porque pessoas bem formadas, sejam jovens ou velhas não humilham as outras.