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Como é do conhecimento público, o Sporting também vai ter um canal de televisão. Ainda não se sabe ao certo quando ele irá arrancar, porque a ERC ainda está a apreciar o licenciamento do canal, mas há dias já foi apresentada a primeira foto promocional da futura Sporting TV. A foto é esta:
E o que esta notável imagem demonstra é que o futebol é mesmo o último reduto do labrego português, que se baba por gajas boas de mini-saia. Diz o labrego enquanto rói tremoços e sorve uma bejeca:
- Eh, eh, eh, tu topaste aquelas gajas da Sporting TV? Ah, leoas!
Enfim, esta seria a parte publicável de um hipotético comentário labrego. Porque, de facto, aquela foto é um extraordinário convite à manifestação do macho lusitano mais cavernícola.
Estão ali 11 pessoas. Cinco são machos de fatinho, a maior parte dos quais ocupa o plano da frente e tem programas "de autor". Seis são fêmeas de mini-saia, relegadas para segundo plano, e ali colocadas a mostrar o corpinho apenas para fazer tintilar o homem futebolístico nacional.
Os gajos estão lá pelo intelecto. É tudo gente que percebe de bola. As gajas só estão lá mesmo pelas pernas.
É que podia haver uma menina de calças. Outra de saia comprida, só para disfarçar. Ou pelo menos uma senhora de cabelos brancos, como o Fernando Correia. Mas não. Ali o que se quer não são mulheres. São gajas boas, que possam convencer mais facilmente um qualquer Cristiano Ronaldo a dar uma entrevista rápida à Sporting TV.
Em Portugal, estamos no ano de 2014. Mas a cabeça do Portugal futebolístico ainda vive em 1964. São estes os novos valores que Bruno de Carvalho veio dar ao futebol português? Alguém acerte o calendário daquele pessoal, se faz favor.
Parece-me evidente que a FIFA tem de impor limites ao número de substituição de penteados permitidos em cada Mundial. De outra forma, um gajo não se consegue concentrar nos jogos.
Hoje, no Público, celebro o manifesto assinado por quatro socialistas e a entrevista de João Proença ao jornal i, onde é praticado o devido acto de contrição pelo consulado de José Sócrates. Aleluia, aleluia. Já não era sem tempo. Para ler aqui.
Isaltino Morais sai da prisão e decide falar à comunicação social na esplanada do restaurante La Famiglia. Revela um certo desassombro, mas assim de repente, eu escolheria cenários menos polissémicos.
Há uma coisa que eu não percebo. Se Mário Soares tem tantos amigos no PS, porque é que nenhum deles o avisou que tinha enfiado o segundo botão na primeira casa do casaco?
Eu sei que ele anda super de esquerda, mas suponho que ainda não tenha chegado ao ponto de amputar o braço direito. Ora, era isso que parecia durante a sua última intervenção no Tivoli. Coitado do homem.
É que assim não dá para confiar nos socialistas. Se António Costa nem sequer serve para endireitar o casaco de Mário Soares, como é que nós nos podemos fiar nele para endireitar o país?
O meu texto de hoje do Público dá mais algumas traulitadas em António José Seguro e sus muchachos, ao mesmo tempo que presta uma sentida homenagem a O Sexto Sentido. Pode lê-lo aqui.
Ontem, no Público, escrevi sobre os despedimentos no DN, o jornal onde comecei a minha carreira. Para ler aqui.